quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nota de Esclarecimento

As assembléias regionais dos trabalhadores em Educação da rede pública estadual realizadas durante esta 3ª feira, 24 de maio de 2011, em todo o estado, decidiram, por unanimidade, pela continuidade da greve da categoria, que reivindica o cumprimento da Lei do Piso Nacional e o respeito pelo direito adquirido relacionado ao plano de carreira.
A greve do magistério estadual completou nesta 3ª feira uma semana, com a adesão cada vez maior de trabalhadores revoltados com o descaso do Governo do Estado no que diz respeito à educação pública de Santa Catarina.

A revolta aumentou depois que o Governo se recusou a negociar com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Estadual de Santa Catarina (SINTE/SC) no dia 23 de maio e apresentou uma Medida Provisória, destruindo a carreira do magistério e desestimulando principalmente a formação continuada e a preparação do professor, que todos sabemos, culminará com o sucateamento ainda maior da educação catarinense.
Vale alertar que a Medida Provisória é flagrantemente inconstitucional, não só porque ofende a Constituição Federal e Estadual, mas também por ser um atentado contra a valorização do magistério. Sendo mantida a Medida Provisória, o SINTE/SC já acionou a sua assessoria jurídica para buscar na Justiça a sua inconstitucionalidade.
Os professores que não estavam paralisados, ao saberem da medida arbitrária do Governo em achatar os salários, isto é, recompensar igualmente os professores, sendo formados na área ou simplesmente com o ensino médio concluído, desrespeitando o estudo e esforço profissional, estão aderindo ao movimento de greve mostrando sua indignação.
Os meios de comunicação estão alertando para a situação da educação nacional, alertando inclusive para o tipo de sociedade que se está construindo com progressivo aumento dos problemas sociais.
A reinvindicação do magistério é em prol do povo catarinense, em prol dos jovens que se preparam com seus estudos para se profissionalizar, em prol dos pais que investem em seus filhos, em prol da comunidade que espera mais participação democrática crítica e justa, pois não apenas se está lutando por aumento do salário, mas se luta em busca de uma educação de qualidade a todos. Se nossa sociedade ficar de braços cruzados, em pouco tempo, as demais profissões passarão pelo mesmo processo de vulgarização. O quanto cada um de nós quer contribuir para a mediocrização da sociedade?

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