O silêncio

As vezes na sala de aula estamos diante de um turbilhão de sons e movimentos que aparentemente nos levam à loucura. Detalhes que sempre foram despercebidos de uma hora para outra se tornam tão evidentes que se colocam de forma assustadora diante de nós e nos obrigam a rever velhos e batidos conceitos. É nessa hora que precisamos do silêncio para refletir. Mas as coisas mudaram tanto que esse silêncio parece não ser mais possível, parece ser inexistente, distante. Não conseguimos mais ouvir nossos pensamentos, não conseguimos mais ouvir nossa voz, não conseguimos mais ouvir a voz do outro. Será que teríamos coragem de perguntar se outro quer falar? E se ele dissesse que sim, pararíamos para ouvir?

Escola!

Já percebemos que o ambiente escolar está mudando, passando por uma transformação que dinamiza os processos de ensino-aprendizagem tradicionais. Não cabe mais à sala de aula uma descrição antiga, estereotipada, restrita aos moldes educacionais do quadro, livro, professor, aluno e principalmente a imposição de métodos e conteúdos com significados alheios à realidade histórico-social inserida. A contemporaneidade exige da escola uma postura marcada pela responsabilidade com a busca e a construção do conhecimento. Conhecer encanta! Percebemos também que a educação está passando por uma modernização, interpretada por muitos gestores como a inclusão de novas tecnologias na escola. Os novos aparatos e instrumentos tecnológicos recebem agora a responsabilidade de ensinar, isto é, pensa-se que uma escola "moderna" terá invejáveis resultados. Na maioria quase absoluta das situações constatamos apenas nova forma de fazer as mesmas coisas. Já de anos é certeza que somente investimentos na estrutura escolar não vão resolver os problemas de uma educação secular mal projetada. Mas por onde começar?

Vamos voltar

Depois de um longo tem ter deixado este blog de lado, sinto agora a necessidade de retomá-lo mesmo que com pequenas publicações! Em breve estará ativo e atualizado!

Agonia... outra vez!!!!

Estamos mais uma vez numa agonia, mais uma vez esperando o tempo passar para ver quais as notícias que serão dadas pela mídia e que possam apontar para uma nova saída, um novo caminho para a solução dos problemas que afligem a educação brasileira, em especial a educação catarinense, que salvo prodígios, agoniza abandonada a própria sorte. Mas, mesmo assim, a mesma educação abandonada clama seu papel essencial para a mudança do cenário social do país, e se é de interesse dos brasileiros mudar esse cenário, marcado pela desigualdade, pela exploração, violência e tantos outros adjetivos que poderiam aqui ser citados é urgente retomar o próprio conceito de educação e acreditar, inclusive por meio de investimentos na força da educação.

As prioridades

Mais uma vez o governador Raimundo Colombo dedica seu tempo à
participação em festividades ou em suas viagens ao invés de tratar com
urgência os problemas que assolam esse estado. Quando a greve do
magistério foi deflagrada, Colombo estava na Europa, agora a greve está
prestes a completar o seu primeiro aniversário mensal e Colombo vai à
Brasília, convidado especialmente para participar da posse da Ministra Ideli Salvatti,representante do Estado catarinense com projeção nacional. Devido a isso, transferiu
todos as suas reuniões, inclusive aquela que poderia (talvez remotamente) por fim à greve do
magistério, para participar de um evento político, de um coquetel
partidário em busca de holofotes maiores, de alcance nacional.

Pelo comportamento dedicado e atencioso deste, a alta capacidade de negociação e preocupação com os alunos que estão sem aula, podemos ver o quanto a
educação é prioridade neste chão.

A greve continua

Em outros tempos, o magistério desistia de sua luta, deixava de lado e seguia em frente, como se nada tivesse acontecido. Mas agora, depois de sucessivos atos de violação de sua dignidade por parte daqueles que administram o Estado Catarinense, por sucessivas tentativas de dar ao magistério o codinome de “idiotas”, por ameaças declaradas aos grevistas, e outras coisas mais, o magistério se une, e diante da sociedade, se coloca em posição de luta e se prepara para um luta que ainda será longa, principalmente agora que o termo negociação é compreendido de formas diferenciadas.

Não nos falta vontade de voltar à sala de aula, não nos falta consciência de que estamos fazendo falta para aqueles que confiam naquilo que ensinamos, nas palavras que dizemos, nos textos que apresentamos, nos cálculos que fazemos, nas fórmulas que mostramos, nas histórias que contamos, etc. Sobram-nos motivos para voltar à classe, à labuta. Mas, para com esses mesmos estudantes, e com essa mesma sociedade que até então deixou claro o seu apoio, temos um compromisso maior por hora, um compromisso com a qualidade da educação e com melhorias em todo um sistema de ensino que precisa ser repensado, e, repensado por aqueles que o conhecem e sabem de suas fragilidades.

Vai demorar um pouco, mas voltaremos para sala.

A greve foi necessária

A greve feita pelos professores não é novidade, é antes de tudo necessária para colocar a população a par da real situação de nossa educação. Não apenas de escolas ultrapassadas, sem equipamentos, sem acervo literário, sem conforto, etc. (caberia ainda alguns “sem”), mas também com inúmeros outros problemas, como por exemplo, a demora na contratação de profissionais habilitados, por cobranças impostas por uma gerência que desconhece a realidade do professor e, por uma comunidade, que intencionalmente foi afastada da escola, para não ter conhecimento da realidade .
Muitas vezes é de se perguntar que tipo de profissional é o professor, pois, quando ACT, trabalha quase um ano e não tem direito a Seguro desemprego, quando efetivo, não tem fundo de garantia e quando se aposenta, recebe um pouco mais que o vencimento (quando recebe!). É de se perguntar: porque eles insistem em continuar em uma situação que é inclusive contra a natureza trabalhista? Qual crime cometeram? Que ideologias religiosas seguem? Pois somente por carisma, condenação, ou missão alguém se sujeita à essas condições.
Ao invés de abandonar a escola, nós sabemos da verdadeira revolução e evolução que a educação pode proporcionar, nos colocamos na rua, em protesto, para alertar o povo, mostrar a eles no que a escola está transformada e estimulá-los também a lutar por uma educação de qualidade, democrática e verdadeira, pois é na educação que se deposita a esperança de um mundo melhor.

A greve dos Professores

A greve dos professores continua!

Talvez uma das maiores contribuições que o movimento grevista fez, foi colocar à tona o problema da educação catarinense, a realidade das escolas, a forma da sociedade perceber e valorizar a atividade educacional e, o que não esperavam, foi colocar às claras o que está sendo feito com o dinheiro público destinado à educação.

A mídia está fazendo o seu papel, de forma sutil levantando questionamentos aos jovens que se preparam com seus estudos para exercerem uma profissão, em especial quando se trata de uma relacionada ao magistério, que tanto o governo federal contempla com bolsas. Até que ponto vale a a pena se dedicar aos estudos, se formar e dar o melhor de si, se não há valorização nenhuma para isso?

A greve do magistério catarinense colocará muitas concepções em seu devido lugar, muitos "políticos" perderão o equilíbrio e mais tarde nas urnas perceberão o que realmente perderam. Pois deixaram passar o melhor momento de ter atitude, de se consagrar como um verdadeiro líder, escolhido digna e democraticamente. Mas, já será tarde. O magistério tem memória, tem história e, TEM CONDUTA MORAL E POLÍTICA.

Nota de Esclarecimento

As assembléias regionais dos trabalhadores em Educação da rede pública estadual realizadas durante esta 3ª feira, 24 de maio de 2011, em todo o estado, decidiram, por unanimidade, pela continuidade da greve da categoria, que reivindica o cumprimento da Lei do Piso Nacional e o respeito pelo direito adquirido relacionado ao plano de carreira.
A greve do magistério estadual completou nesta 3ª feira uma semana, com a adesão cada vez maior de trabalhadores revoltados com o descaso do Governo do Estado no que diz respeito à educação pública de Santa Catarina.

A revolta aumentou depois que o Governo se recusou a negociar com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Estadual de Santa Catarina (SINTE/SC) no dia 23 de maio e apresentou uma Medida Provisória, destruindo a carreira do magistério e desestimulando principalmente a formação continuada e a preparação do professor, que todos sabemos, culminará com o sucateamento ainda maior da educação catarinense.
Vale alertar que a Medida Provisória é flagrantemente inconstitucional, não só porque ofende a Constituição Federal e Estadual, mas também por ser um atentado contra a valorização do magistério. Sendo mantida a Medida Provisória, o SINTE/SC já acionou a sua assessoria jurídica para buscar na Justiça a sua inconstitucionalidade.
Os professores que não estavam paralisados, ao saberem da medida arbitrária do Governo em achatar os salários, isto é, recompensar igualmente os professores, sendo formados na área ou simplesmente com o ensino médio concluído, desrespeitando o estudo e esforço profissional, estão aderindo ao movimento de greve mostrando sua indignação.
Os meios de comunicação estão alertando para a situação da educação nacional, alertando inclusive para o tipo de sociedade que se está construindo com progressivo aumento dos problemas sociais.
A reinvindicação do magistério é em prol do povo catarinense, em prol dos jovens que se preparam com seus estudos para se profissionalizar, em prol dos pais que investem em seus filhos, em prol da comunidade que espera mais participação democrática crítica e justa, pois não apenas se está lutando por aumento do salário, mas se luta em busca de uma educação de qualidade a todos. Se nossa sociedade ficar de braços cruzados, em pouco tempo, as demais profissões passarão pelo mesmo processo de vulgarização. O quanto cada um de nós quer contribuir para a mediocrização da sociedade?

EM LUTA

Se estamos sujeitos às leis que muitas vezes não concordamos e somos forçados a cumprir, porque existem exceções?

Será que o Supremo Tribunal Federal é mais uma entidade fictícia no país? Sem poder, sem utilidade e sem respeito?

Em luta

Alguns itens da luta do magistério estadual de Santa Catarina

Voltando a labuta

Mais um ano letivo se inicia, e 2011 é um ano especial para aqueles que se dispuseram a vencer e lutar pelo progresso e pelo sucesso pessoal. Temos conhecimento que não será fácil almejar tal objetivo, mas também sabemos que para conseguir o que queremos precisamos lutar, e, para lutar estamos ansiosos, já que esse é o primeiro passo a ser dado em busca da vitória.
Um bom 2011 de trabalho para aqueles que acompanham esse pequeno blog, atualizado lá de vez em quando, quando considerado necessário.

Aos alunos, começamos em breve linkar as atividades e os materiais utilizados em sala de aula.

Aquele abraço.

Retirado o material para download

Estamos encerrando o ano letivo, e o material para download está sendo retirado, pois foi produzido para esse ano e não mais há a necessidade de deixá-lo.

Um abraço

Percepção política

A criação de uma peça teatral sempre foi um agradável trabalho em sala de aula. Nesses trabalhos muitos alunos revelam o seu lado artístico até então escondido e mostram sua grande capacidade de representação. No entanto, não só a capacidade representativa é revelada como grande talento na elaboração de uma peça crítica, bem como a percepção do mundo circundante é demonstrada na criação de personagens cômicos, muitas vezes estereótipos de figuras reais.
A terceira série do ensino Médio da Escola de Educação Básica Carlos Fries, de Ipira, por ocasião da XVI Feira do Livro e VI Mostra de Talentos Escolares, cujo tema, este ano eram os ensinamentos das fábulas (mesmo que ensinamentos ideológicos) se propôs a redigir uma peça teatral que trabalhasse a política, em destaque, a política brasileira, demonstrada na corrida eleitoral. Como não podia sair da temática central, que eram as fábulas, a solução foi "animalizar" os políticos ou "politizar" os animais.
A história começava com o clima de tristeza momentânea com a morte do líder maior, o Rei Leão. Nessa ocasião os animais se reúnem para as homenagens fúnebres ao seu líder. No entanto, o motivo do encontro logo é revelado com a pergunta: Quem será o nosso líder? Cada animal presente, representa um perfil político. Nessa linha os personagens foram:
1. Um leão - que no teatro estava falecido, deixando vaga a cadeira de líder/rei.
2. O macaco - Bêbado e a agitador polêmico - representa aquele político que acha que estar no poder e liderar as decisões importantes de um povo basta ser popular, famoso e criar polêmica, um verdadeiro agitador,mas apenas isso, agitador. Os critérios de compromisso e responsabilidade não existem.
3. Um porco- representa aquele político que usa em sua campanha a sua história de vida, marcada pela miséria e pela tristeza diante dos problemas que vive. Por se considerar como um pobre, e consequentemente como legítimo representante do povo.
4. Uma zebra - representa aquele político que não se sabe quais os reais interesses, não assume postura ideológica, não tem decisão, pertence a ambos os lados e ao mesmo tempo a nenhum deles.
5. Um tigre - representa a classe de políticos que se considera herdeira dos grandes feitos da nação e que por participar, mesmo à sombra das decisões, em campanha se considera legitimo herdeiro do poder.
6. Uma girafa - representa a classe de políticos que mantém os interesses da classe alta, que se considera pertence natural a elite e por estar acima de todos, conhece as artimanhas do poder e da liderança. Representa antes de tudo os políticos "experientes".
7. Um burro - representa o papel daquele político consciente de sua inútil atividade, que não está à frente de nenhum projeto, não está à frente de nenhuma busca por melhorias, mas que está sempre lá, no poder.
8. Uma raposa - o verdadeiro político pensado pelos estudantes. Age à sombra, na estratégia de conquistar, faz alianças conforme os seus interesses, joga com a boa fé daqueles que ainda não conhecem o ofício e as artimanhas da política. E, quando não consegue vencer nas urnas, vence de outro modo.
9. Um papagaio - representa a classe de políticos que só aparecem no últimos tempos da eleição e com ganhadores, como dignos da confiança do povo, mas que fala pelo interesse de outros. Um político que usa as palavras para ludibriar os eleitores, prometer o que dá voto e não o que realmente se desejaria.

O teatro ainda alfineta a organização das eleições colocando candidatos inexistentes nas cédulas de votação. O título do teatro é "Eleição animal".

Parabéns aos alunos da 3ª série matutino.

Teste avaliativo - Mitologia grega e o Filme "Fúria de Titãs"

Liberado o teste referente à mitologia grega e ao filme "Fúria de Titãs"
Abertura da avaliação: 23/10/2010
Encerramento da Avaliação: 30/10/2010 as 11:30
Após esse horário não serão consideradas as avaliações realizadas

Nascidos em bórdeis

Depois de um tempo do estrondoso sucesso da novela global "Caminhos das Índias", trouxemos à sala de aula a discussão relacionada aos países emergentes, palavra nova para designar o que sempre se conheceu como subdesenvolvimento. A discussão desencadeada relacionou-se de uma forma direta com a ideologia, quando exposto por viés das câmeras da Globo com a realidade mostrada sob as lentes dos muitos fotógrafos que circulam pelo mundo.
Na busca de imagens diferentes da Índia, surgiu a indicação do documentário "Nascido sem bórdeis":
Informações Técnicas
Título no Brasil: Nascidos em Bordéis
Título Original: Born Into Brothels: Calcutta's Red Light Kids
País de Origem: Índia / EUA
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento: 2004
Site Oficial: http://kids-with-cameras.org/bornin tobrothels/film.php
Estúdio/Distrib.: Focus Filmes
Direção: Zana Briski / Ross Kauffman
(informações retiradas do seguinte endereço: http://www.interfilmes.com/filme_16244_nascidos.em.bordeis.html).

O documentário é indicado ao querer conhecer um pouco mais sobre a dura realidade que muitas crianças se encontram, não necessariamente crianças indianas, mas realidade em todas as nações que resistem em criar programas que procuram viabilizar de fato uma sociedade em que as desigualdades sejam pelo menos amenizadas.

Sobre o material de apoio II

Em relação ao material de apoio, é interessante saber que muitos dos meus arquivos podem estar em odp e odt, isso por causa da utilização de software livre (open Oficce 3.0). Como é sabido, utilizo o sistema Linux por opção e praticidade.
Quando ocorrer a descarga de um arquivo nos formatos acima citados, é necessário realizar a conversão. Quanto as versão mais antigas do MS Oficce, era necessário realizar a instalação do BrOficce ou do OpenOficce para se conseguir realizar a leitura. Já na versão 2010, a Microsoft se dignou a habilitar a leitura de documentos editados no OpenOficce.

Sobre o material de apoio

A lista ao lado que se refere aos downloads possíveis de serem realizados neste blog, referem-se somente a apresentações de slides, resumos, comentários ou textos de outros autores que foram utilizados em sala de aula. Quando tratar-se de textos de outros autores, a bibliografia é corretamente citada e a sua reprodução não é estimulada. No entanto, os materiais de produção própria podem ser copiados, modificados, reproduzidos e inclusive divulgado.

Voltando

O período de férias, mesmo que seja muito maior do que aquele que grande parte da população desfruta, sempre nos parece ser um curto tempo e "que não deu para fazer o que tinha planejado". O mais difícil é constatar que realmente não deu para fazer tudo. Ou erramos no planejamento, ou de fato o período é curto.
Mas.....
Acabou....
voltamos a labuta e esperamos que 2010 seja um bom ano de trabalho. Que o SUCESSO seja muito companheiro.

Ensino Brasileiro da mídia!

Conforme combinado, posto aqui o vídeo, redirecionado para a página do Youtube, referente às "oportunidades" que a mídia utiliza para "educar" e "ensinar" as crianças brasileiras. EDUCAR - será que sabemos o que isso realmente quer dizer? Será que não estamos formulando um novo conceito de educação, voltado apenas para o cumprimento das vontades de quem detém o poder de mandar ou dirigir? Não estamos trocando os papéis primazes da educação? Não estamos fugindo do dever de cada um como cidadão?